segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O que aconteceu com o mundo?

Olá, quem quer que esteja olhando para esse rascunho da minha vida.
Essa pergunta que estou formulando hoje tem sentido?
Será que nós estamos realmente tão irritados com a vida para qualquer desavença, qualquer erro, qualquer desconfiança possa ser o estopim de violência?
Será que todos estamos tão machucados, com a pele tão exposta e sensível para que a mais leve brisa se torne uma violenta pancada em nossa epiderme emocional?
Digo isso porque cada vez mais o homem (e quando digo isso me refiro à humanidade como um todo, não ao ideal machista) sente a necessidade de expor suas presas, suas garras, para defender o que é seu, atitude louvável se não fosse tão exagerada.
Hoje em dia se paga o preço da violência pela própria violência.
Hoje o homem esqueceu os valores de antigamente, vivendo como um animal em uma selva de concreto, como se uma guerra urbana estivesse em constante conflito, não importa se é aqui, no Egito, no Irã, aonde for...
Digo isso porque hoje, há alguns minutos, estive frente a frente com uma situação como essa.
Não tive que defender meu filho, mas tive que estar preparado para defender minha esposa, de um ataque moralmente violento de alguém que se considerava nosso amigo.
Isso por causa de um favor que minha esposa fez com muita solicitude, de simplesmente ir depositar uma certa quantia num dos bancos da cidade há dois ou três dias atrás...
Resumindo, houve um imprevisto bancário, que fez com que o dinheiro que havia sido depositado não caísse automaticamente na conta devida, ficando em aberto e sem aparecer como crédito em conta.
Ao notar que não estava com o dinheiro que deveria ter sido depositado em conta corrente, tal pessoa ligou para nós nos ofendendo, nos xingando de todos os nomes possíveis, taxando-nos de ladrões, simplesmente querendo sair "no braço" para reaver o que era seu de direito.
Na hora em que entendemos a situação, agimos com a postura mais correta possível, chamando-os para a agência em que havia sido feito o depósito, para perguntarmos ao gerente o que havia acontecido e convocamos todos os envolvidos, que chegaram com cara de poucos amigos, querendo literalmente descontar a raiva e frustração que estavam passando, de acordo com eles, por causa de minha esposa e de mim.
O gerente na hora entendeu o que aconteceu e passados alguns minutos, o dinheiro estava na conta corrente como deveria, mas a mágoa, a desconfiança, os xingamentos, a violência, esses não poderão ser sacados e estarão eternamente vinculados à nossa conta corrente cármica, o que apenas nos faz com que sentimentos que deveriam ser cada vez mais frequentes, como amizade, confiança, coleguismo, respeito ao próximo, se tornem cada vez mais raros, fazendo com que uma pessoa deixe pouco a pouco a ter o direito de ostentar o título de humana.

Fica aqui o meu desabafo e até a próxima oportunidade!

Dox Corrêa